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Entropia

by Punhal

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fran_lara
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fran_lara Conheci bem por acaso; meu pai tava num trabalho junto com o batera há uns meses atrás e me disse pra procurar a banda. Exatamente o que o HC tava precisando! Espero poder ver vocês ao vivo o mais cedo possível! Paz entre nós e guerra aos senhores! (///) Favorite track: Classe mé(r)dia.
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1.
Chamam de empreendedor O trabalhador contemporâneo Quando na realidade É um escravo pós-moderno Ponte: Não tem direitos, é refém do maldito capital Só trabalha, se matando pra poder sobreviver Pedalando o dia inteiro Uma bike alugada Se sofrer um acidente A empresa não faz nada Ponte Trabalhador terceirizado Desvinculado da empresa Vive ralando pra caralho E o salário é incerteza Refrão: Seja também um empreendedor Não pense em crise, só trabalhe Pra ter sucesso tem que merecer O que vale é o trabalho, descartável é você.
2.
Dois pirados abrem fogo na escola e matam oito Homem mata a companheira só por causa do divórcio Professor é espancado por aluno no trabalho Gay é morto a pauladas bem na porta da sua casa A solução pra ter emprego é abrir mão dos seus direitos Teve estupro coletivo e culparam a garota A enchente levou tudo que havia pela frente Soterrados pela lama, feito um bando de indigentes Refrão: Eu queria era falar de muita paz, amor e vida, afeto, amigos, praia e brisa Mas o Brasil não deixa Mas o Brasil não deixa Mas o Brasil não deixa Eu queria era falar de muita paz, amor e vida, afeto, amigos, praia e brisa Mas o Brasil não deixa A passagem está mais cara, novo imposto se criou Após demissão em massa, até o hospital fechou Criminoso de olho azul tem habeas corpus concedido Vai pra casa liberado não tem cara de bandido Travesti assassinado, favelado assassinado Uma criança assassinada, mas a arma é liberada A polícia mata muito, a criminalidade aumenta A escola é um fracasso, até quando o povo aguenta? Refrão
3.
Punhal 02:58
Neofascistas com sua mente atroz Se esforçam pra calar minha voz Minha resistência é feroz Tua ação será o teu algoz Refrão: Se você tentar me silenciar o Punhal virá pra falar no meu lugar Vem pra te rasgar, pra te retalhar, cortar tua garganta, te fazer calar A revolução, nossa reação, pra desconstruir toda sua maldição Todo esse mal da tua falta de moral, eu vou destruir com mil golpes de Punhal Minha liberdade de expressão Vou manter mesmo com armas na mão À espreita sempre a te esperar Preparado pra te apunhalar Refrão Não conseguirá fazer do mundo um lugar para odiar Você vai passar e toda sua laia vai se envergonhar Refrão
4.
A faculdade tem cor, é branca, rica e abastada O CIEP tem cor, é preta, pobre e favelada O suspeito tem cor, é branca, rica e abastada O criminoso tem cor, é preta, pobre e favelada Whisky tem cor, é branca, rica e abastada A cachaça tem cor, é preta, pobre e favelada A justiça tem cor, é branca, rica e abastada A cadeia tem cor, é preta, pobre e favelada Ponte: Quero ao menos uma vez Ter direito, afinal, A viver com dignidade E ser tratado igual a você Refrão: Hei! A lei é dura só quando eu sou réu Quem tem dinheiro nunca vê o xadrez Impunidade cumpre seu papel E mostra ao pobre que ele não tem vez O banqueiro agiota não tem dó nem de velha Comete crime financeiro e a justiça libera O político corrupto tá de olho na verba Rouba a grana da merenda e deixa o povo na merda Ponte Refrão Fodem com a porra da minha dignidade Cagam na cabeça do povo sem piedade Fodem com a porra da minha dignidade E ainda pedem calma? Calma é o caralho!
5.
"O erro da ditadura foi torturar e não matar" "Quem procura osso é cachorro" "Se matar 10, 15 ou 20, com 10 ou 30 tiros cada um, ele tem que ser condecorado, e não processado" Refrão 1: Abriram-se os porões, maldade sem limites Quando o chefe da nação não possui humanidade "Eu jamais ia estuprar você porque você não merece" "Prefiro que morra num acidente do que apareça com um bigodudo" "O exército não matou ninguém, o exército é do povo" "Quem quiser vir aqui fazer sexo com uma mulher, fique à vontade" Refrão 2: O discurso de ódio chancelado pelo Estado Vitimiza a sociedade, sem direito à humanidade Monstros saem de sujos porões Encorajados por tais "cidadões" Não há empatia pelo diferente Apenas ódio contra toda gente "Morreram poucos. A PM tinha que ter matado mil" "As minorias se adequam ou simplesmente desaparecem" "O afrodescendente mais leve pesava sete arrobas" "Dinheiro do auxílio-moradia eu usava pra comer gente" Refrão 1
6.
Nascido de família privilegiada Papai é engenheiro, mamãe é secretária Não tinham muito tempo para mim e meus irmãos Mas sempre investiram numa boa educação Clube, natação e o cursinho de inglês Fizeram sacrifício pra eu crescer e ser alguém Agora, vê se pode, olha a filha da Maria Roubou a minha vaga na facul de economia Eu sou da classe mérdia Queria ser um milionário, mas ao menos não nasci na merda Eu sou da classe mérdia Respeitem o espaço reservado para minha casta Assalariado e pagando aluguel Pelo menos é Tijuca, eu não moro no Borel Falando em favela, a Maria enlouqueceu Meteu minha família na justiça, oh meu Deus Pedindo uma grana de indenização Pelos anos de infância que perdeu limpando chão Besta ingrata, morreria lá no Ceará Se não fosse o vovô lhe trazer pra trabalhar Eu sou da classe mérdia Respeite meu direito de oprimir a minha empregada Eu sou da classe mérdia Sou de casa de família, toda branca e bem-educada Eu sou da classe mérdia Papai perdeu o emprego e agora a gente tá na merda Eu sou da classe mérdia Endividado até o pescoço, mas não me misturo com gentalha
7.
Coerência? 02:12
Tu vê um monte de parada errada e não fala nada Tu banca o santinho mas tudo é uma farsa Cagando regra pra geral que tu não segue É muita hipocrisia tu dizer o que fazer Se nem a lei tu segue e ainda vem dizer Como devo me vestir, agir, falar, me comportar Têm padre pedófilo, Polícia ladrão Cristão assassino que odeia pagão Mas o que escandaliza tua casa são as minas de mão dada Não adianta pôr a máscara na cara A fenda mostra a incoerência incubada Revela a verdade por trás do que tu crê Queria ver você viver conforme o seu discurso Seguir o mote que você impõe ao mundo Uma verdade que só serve aos outros e não a você Tem homem de bem que abandona a família Tem pai que estupra a sua própria filha Mas o que tua moral abomina É o cara se assumir menina Tem mulher que aceita o discurso machista Tem até judeu que elege nazista Mas o professor com um livro na mão É uma ameaça à nação
8.
Derrubar floresta,plantar soja e criar boi Quando o assunto é dinheiroeu não deixo pra depois Tomei a terra a força,é motosserra e escopeta Se mexer na minha cercavou arrancar tua cabeça Refrão 1: Ei, índio, jamais será bem vindo A terra agora é minha e você é o inimigo Apagarei sua história e tudo que você foi Eu sou o Deus da bala, bíblia e boi Maué, Munduruku,Apiacá ou Caeté? Com a corda no pescoçonão me importa quem cê é Tamoio ouZo'é,KiririouGuaycuru Se depender de mimnão vai sobrar nenhum Refrão 2: Pega a SUV enche o tanque e vambora Direto para a igreja pra pagar a nossa cota Débito? Mastercard? Tua reza como foi? Eu sou o Deus da bala, bíblia e boi Refrão 1
9.
Vai tomar no cu, filho duma puta! Vai tomar no cu, filho duma puta! Vai tomar no cu, filho duma puta! Vai tomar no cu!
10.
O nosso lugar é onde a gente quer estar Nós tamo cagando se o nosso grito incomodar Se liga, playboy, a gente não quer teu aval Tá na hora de acabar com o apartheid social O escritório, o aeroporto e a universidade Todos ocupados pela nossa alteridade Seja qual for a tua origem identitária Não deixe de mostrar que agora a gente tá na área Refrão: O nosso lugar é onde a gente quer estar Mas se nos impedem é hora de ocupar O nosso lugar é onde a gente quer estar Mas se nos impedem é hora de ocupar na marra A filha do pedreiro tá fazendo doutorado Os amigos do arco-íris saíram do armário Tudo sempre à base de suor e muita luta Mas ainda assim a elite se insulta Querem que vivamos em clandestinidade Pois querem existir em exclusividade Agora já era, chegamos pra ficar Todos os espaços nós vamos ocupar Refrão
11.
O supérfluo 02:33
Roubado de toda dignidade Destituído de humanidade Sou fruto da desigualdade O supérfluo da sociedade Excluído, marginalizado Invisível e desamparado Esquecido, quase proibido Passo por você despercebido Sou apenas percebido Quando você quer me usar Para sua consciência Você poder aplacar Só assim tenho meu uso Pro burguês aparecer Dando esmola pra indigente Quando todo mundo vê Refrão: O meu cheiro te incomoda Fiz do lixo o meu lar Como restos, encho a cara Pra essa vida suportar Mas mesmo não tendo nada você quer me roubar Tirar a única coisa que eu consigo usar Você quer decidir o que eu devo comprar Com o caralho da esmola que você quer me dar Não! Refrão
12.
A dívida é a melhor forma de controle social A corda no pescoço que nos impõe o capital Focando nos boletos, não se criam mais levantes Gerando devedores, o sistema se garante Refrão: Geração de endividados Sem futuro, só lamenta Vai morrer pagando juros Nenhum sonho alimenta Geração de endividados Cria gente violenta No limite, viciados Uma hora vai dar merda O empoderamento foi reificado O sonho de consumo que se compra no mercado Parcela em dez vezes, no cartão ou crediário E a vida se resume a pagar conta pra caralho Refrão Se você quer estudar, tem que pagar ou não se forma Uma casa pra morar, tem que pagar de alguma forma Se a saúde fraquejar, ou paga ou morre sem conversa Se quiser se aposentar, vai receber uma merreca Refrão
13.
Posso pagar com o dinheiro que papai sempre me dá Posso pagar com a herança que o vovô vai me deixar Posso pagar com o carguinho de assessor parlamentar Posso pagar com o empreguinho que a titia vai me dar Refrão 1: Eu fiz por merecer, nasci no berço certo Eu nunca abro mão de todo meu privilégio Trabalho eu nunca tive, isso é coisa de servo Entenda de uma vez tudo é questão de mérito Quero comprar uma estatal com subsídio pra lucrar Sem me arriscar, o prejuízo para o povo repassar Não vou pagar imposto algum pois isso vai me atrapalhar O lucro aumentar e que se foda o povo e o seu bem estar Refrão 1 Vamos acabar com a previdência, Não quero sustentar um bando de velho inútil! Garfar as suas férias e décimo terceiro, Para receber dinheiro tem que trabalhar! Já que não vou pagar a conta dessa porra Meus ganhos e meus lucros vou maximizar! Crise geral, o empresário pede recuperação Judicial, o empreiteiro negocia a delação, Tudo legal e o povo só se fode em meio a todo caos, Caos social e a culpa toda é do maldito liberal Refrão 2: Maldito liberal, quando a corda arrebenta, Protege o capital e o Estado cobre as perdas Da crise que tu cria o sistema se alimenta Mas basta, seu reaça, nosso povo não te aguenta
14.
Índios, negros, quilombolas Favelados, mendigos, despossuídos Gays, lésbicas, bissexuais Mulheres, travestis, transexuais Umbandistas, candomblecistas Pensadores, professores e artistas Trabalhadores, operários Somos todos uma grande minoria Somos maltratados, vilipendiados, Atacados, estuprados ou assassinados Vítimas do ódio doentio da nação Porque somos diferentes do padrão Não aceitaremos esse vil comportamento Lutaremos contra nosso silenciamento Todo o seu ódio e seu preconceito Servirão como medida da nossa reação Refrão 1: Eu resistirei, resistência antifa Jamais desistirei, resistência antifa Sim, eu lutarei, resistência antifa E triunfarei, resistência antifa Pra vocês somos apenas a escória, O lado da sociedade que não querem ver Permaneceremos em união Ecoando nossas vozes por toda a nação Seu mundo ignóbil nunca acontecerá A resistência prevalecerá Veja todas ruas tomadas pela multidão Todos unidos a bradar essa canção Refrão 1 Marielle, Malala, Teresa de Benguela, Marighella, Chico Mendes, Nelson Madela, Olga Benário, Nísia Floresta, Angela Davis, JadavMolai, Zumbi, Paulo Freire, Dragão do Mar, Che Guevara, Simone de Bevouir, Emiliano Zapata, Rosa Parks, Maria Firmina, A todos e todas que lutaram por dias melhores! Refrão 2: Nós resistiremos, resistência antifa Jamais desistiremos, resistência antifa Sim, nós lutaremos, resistência antifa Por fim triunfaremos, resistência antifa
15.
Explorado feito um animal Pra gerar ganho de capital O patrão só quer a mais-valia Mas sou eu que trabalho todo dia Enquanto isso querem nos roubar direitos Até mesmo tirar o pouco que eu tenho Mas não podemos aceitar essa situação Devemos nos unir, juntos entrar em ação Vamos todos lutar contra a dominação Do capitalismo, essa maldição As classes altas devem nos temer Já que não deixam nos desenvolver A consciência de nosso poder A ordem vigente pode subverter Sim, somos nós que produzimos a riqueza Portanto, vamos nos unir para mantê-la E assim mudar nossa atual situação Aproveitar nossa riqueza, nossa produção Deixar de enriquecer o maldito patrão Trabalhadores em união Devemos sempre defender essa verdade Para mudar os rumos da humanidade Trazer à consciência da população Que não podemos aceitar a exploração Não ser fantoches nas mãos do patrão Ao capitalismo diga não!
16.
Aqui ninguém acha que se resolve na bala O desvio de verba, o arrego, a propina, A venda desenfreada de coisa falsificada, Sonegação, caixa 2, improbidade, indolência Aqui não se fala em liberar armamento Pro povo se defender da truculência do Estado, Do criminoso de terno, do doutor negligente, Do burocrata omisso, da fraude contra o inocente Ponte: Tudo isso é crime Mas ninguém tá se importando Nem um puto aqui gritando Bandido bom é bandido morto Refrão: Eu nunca vi um auto de resistência envolvendo juiz que vende sentença Eu nunca vi o povo fazer justiça com as próprias mãos com deputado ladrão Eu nunca vi policia tocar terror só pra prender empresário sonegador Quem morre aqui é preto pobre fudido e a contagem prossegue... Mais um CPF cancelado! Não tem nenhum tipo de salvo conduto Pro cidadão revidar a agressão descabida Do agente do Estado, o flagrante forjado, A cusparada na cara, a humilhação, o escracho Não tem excludente de ilicitude Pra mina largar o aço pra cima do estuprador, Do namorado agressor, do ex que impõe o terror, Do babaca insistente que acha que é sedutor Ponte Refrão Mais um CPF cancelado!

credits

released July 14, 2021

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Punhal Rio De Janeiro, Brazil

Curto, rápido e letal. Punk hardcore antifascista do subúrbio do Rio de Janeiro!

Sandro (voz)
Thiago (guitarra)
Amaury (baixo)
Beto (bateria)

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